A Dona Pedra é uma pedra falante com a qual o Bidu conversa em suas histórias. Boa de papo e com raciocínio rápido, ela tem jogo de cintura e sabe entrar e sair de qualquer lugar com muita graciosidade, mesmo não se mexendo.
Características e traços[]
Sem paciência para quem está começando, a Dona Pedra é sempre objetiva e franca com quem não vale o precioso tempo dela – com a pedrita não há rodeios! –, ela fala na lata e sabe se posicionar sem perder a pose, como se soubesse tratar qualquer inconveniente com muita elegância e classe, sendo direta e de opinião forte, quando não gosta de alguma coisa, ela fala na hora, sem cerimônia. Não aceita ser menosprezada ou ignorada e tem uma postura prática e ética apesar de tudo – parecido com a personalidade de uma socialite grã-fina –, sempre analítica e justa com todos.
Mesmo exigindo muito esforço por parte dela, procura evitar ser grosseira, ama dar conselhos para os outros e costuma controlar as suas palavras, dependendo da pessoa. Por ser uma atriz, é muito focada em seu trabalho e, caso seja convocada para um papel de menos detaque, continua agindo com enorme profissionalismo, é só não pisar no calo dela: "chacota", a Dona Pedra não leva desaforo pra casa! Extremamente sensata e realista, parece dura como uma rocha (que trocadilho!), mas ao tirar um pouquinho mais do que ela se apresenta, é possível perceber, por dentro de toda a casca, que a Dona Pedra é a típica titia divertida, que gosta de uma boa cavaqueira e de vez em quando faz o seu humor dar o ar da graça, com piadas rápidas e o bom e velho improviso. Ela mora no meio do campinho, no Bairro do Limoeiro e, embora não possua olhos, nariz e boca, ela consegue ver e ouvir tudo o que se passa.
Biografia[]
A Dona Pedra já é uma senhora de idade (e bota idade nisso, talvez por essa razão seja tão ríspida!), ela nasceu da erupção de um vulcão na Aldeia de Lem. Curiosamente, já quicou na cabeça do Horácio, e o Piteco já arremesou ela para longe com a sua clava.[3] Quase como uma viajante, ela já esteve no Antigo Egito (onde o próprio Muminho morava), passou um tempo na Grécia Antiga (na época dos doze trabalhos de Hércules, foi ela que quebrou os braços da Vênus de Milo) e também, por obra do destino, estava em baixo da Torre de Pisa, quando um salafrário tentou furtá-la, entortando a estrutura.[4]
Raptada por piratas, chegou no litoral do Brasil, sendo encontrada pelo Papa-Capim. O pequeno indiozinho mostrou a Dona Pedra para o Cacique e o Pajé, que a intitularam como a nova chefe da Tribo do Rio, sendo devotos à ela. Depois que o Cafuné erra uma flecha e acerta a Pedrita, ela chega ao Bairro do Limoeiro, conhecendo o Bidu e a sua turminha, sendo escalada para participar de suas histórias pois, como passara por diversos lugares, a Pedra é uma grande conhecedora de idiomas, o que melhorou o seu currículo na vaga lista de experiências que a própria guarda em seu repertório de artista.[5]
Relacionamentos[]
Bidu[]
A Dona Pedra é também uma grande amiga e companheira de prosa do Bidu, os dois sempre conversam entre si sobre tudo e, quando ele está entediado ou precisando de conselhos, ela está lá, pronta para acalentar. Apesar disso, muitas vezes o cachorrinho azul tenta "mudar o estilo", pois ele acha que conversar com pedras é algo muito tradicional e que acaba perdendo a graça. Curiosamente, dentro das histórias da turminha, as conversas do Bidu com a Dona Pedra são vistas pelos humanos apenas como um "cachorro latindo sem motivo algum para uma pedra", um eventual disfarce dos dois para evitar comentários indesejados.
Família[]
A Dona Pedra tem parentes! Ela tem um irmão chamado Petrônio e uma sobrinha chamada Petra,[6] já comentou de uma tia, que por um acaso é um cristal no rim, e do seu tio Pedregulho, que vive no subterrâneo.[1] Seus pais se chamam Seu Rochedo e Dona Rocha,[7] – sua mãe, por sinal, faz um ótimo assado de poeira. Seus primos, o Granito e a Brita, compõem o restante da família dura na queda.[7] São rígidos, assim como ela, evitam o estresse e deixam as coisas "rolarem", lapidados com posicionamentos sólidos, se reúnem raramente.
Aparições[]
- Cascão 2ª Série Nº 61 - A Dona Pedra perdeu a memória
- Mônica Nº 181 (Editora Globo) - A origem da Dona Pedra
- Cascão Nº 149 (Editora Globo) - As novas da Dona Pedra
- Cebolinha Nº 115 (Editora Globo) - Cadê a Dona Pedra?
- Mônica Nº 200 (Editora Globo) - Dona Pedra
- Magali 2ª Série Nº 31 - Dona Pedra pede carona
- Mini-Gibi Bidu - Dona Pedra, a solitária
- Cebolinha 1ª Série Nº 42 - No meio do campinho, tinha a Dona Pedra...
- Gibizinho Nº 38 (Editora Globo) - Oi, Dona Pedra!
Curiosidades[]
- Na metalinguagem das historinhas do Bidu, a Dona Pedra é uma famosa atriz, contratada pela Mauricio de Sousa Produções após uma longa seleção de artistas, ela é muito requisitada e já foi chamada para estrelar a novela "Mulheres de Pedra" (paródia de "Mulheres de Areia", de 1993), da "Rede Blogo".[8]
- Costuma usar óculos para leitura.[9]
- A Dona Pedra é o objeto falante que mais apareceu; embora Bidu já tenha conversado também com árvores, postes, entre outros, ela é a única que se manteve até hoje presente nas historinhas.
- Além disso, ela é o único personagem regular de toda a Turma da Mônica que não tem face!
- Um dos personagens que a Dona Pedra mais gosta de contracenar é o Cranicola, pois ela adora as histórias de terror do Penadinho (ela participa como a pedra que o crânio humano costuma repousar em cima), já os mais detestáveis para compartilhar a cena na opinião dela é, como não poderia deixar de ser, o Bugu, pois ele nunca a deixa terminar de falar.[1]
- É uma das personagens mais "velhas" da Turma da Mônica que, cronologicamente, tem a maior idade, junto com o Anjinho, a Dona Morte, o Muminho, o Gorco e a Estrelinha Mágica, todos com mais de 2 000 anos!
- Foi revelado que a Dona Pedra possui ascendente no signo de touro,[10] o que significa que ela tem traços de personalidade taurinos, como uma pessoa que ama segurança e conforto.
- A Dona Pedra é capaz de se movimentar,[11] mas evita ficar pulando para não se sujar, ela é cheia de pieguice e "frescurites", como afirma os colegas de trabalho.[6]
- Assim como muitos personagens secundários, a Dona Pedra é escalada para outras historinhas por falta de verba na contratação de novos atores.[12]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Mônica 1ª Série - Nº 37 – O Substituto
- ↑ Bidu 50 Anos – Bidu-Mangá, Pág. 156 (quadrinho 2)
- ↑ Mônica Nº 181 (Editora Globo) - A origem da Dona Pedra, Pág. 44
- ↑ Mônica Nº 181 (Editora Globo) - A origem da Dona Pedra, Pág. 45 ao 48
- ↑ Mônica Nº 181 (Editora Globo) - A origem da Dona Pedra, Pág. 49 ao 51
- ↑ 6,0 6,1 Magali 2ª Série Nº 31 (Ed. Panini) – Dona Pedra Pede Carona, Novembro de 2017
- ↑ 7,0 7,1 Magali 3ª Série Nº 21 (Ed. Panini) – Família, Pág. 33 (quadrinho 3), Novembro de 2022
- ↑ Mônica Nº 80 (Ed. Globo) – Pedras, Pra Que te Quero!, Agosto de 1993
- ↑ Mônica Nº 78 (Editora Globo) – Feijão com Arroz, Pág. 64 (quadrinho 5)
- ↑ Sousa, Mauricio de (10 de janeiro de 2023). "Qual seria sua Turma baseada no seu trio astrológico? — Segue o fio: Touro" via Twitter. Visitado em 7 de abril de 2023.
- ↑ Mônica Nº 124 (Editora Globo) - Um Dia Daqueles
- ↑ Mônica Nº 176 (Editora Globo) - A Pedra Filosofante